quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Na Contramão da Evolução

O mundo está ai, cada vez mais louco, cada vez mais globalizado, cada dia mais estranho, e muito, mas muito pouco formal. A vida não está nada fácil nessa bola azul de imensas proporções. Nada está de acordo com o que previam os cientistas, ou o que diziam os poetas. Infelizmente...ou não.
Por onde se anda, ouve-se falar na tal da moda, moda vai, moda vem, e muito pouco se é dito sobre a origem dessa moda, pois bem, aqui vai uma de suas principais origens, chama-se: música.
Pensem e reflitam comigo, há cerca de dez anos, estava no auge, o chamado axé, aquela coisa sensual, configurada pelo saudoso (ou nem tanto) “É o Tchã”, pois bem, o que era moda naquela época então? Eu respondo. Eram os micro shorts, as micro saias, as micro blusa e uma série de micro ou mini que por aí estão, claro que nessa caso, pela parte feminina. Demonstro aqui, minha saudade daquela época. Ah! Aqueles sim eram bons tempos.


Pois bem, música “boa” acaba, e com ela, vai-se a moda. O axé bagaceiro acabou-se e levou junto seu figurino. Eis que surgiu o famigerado (ou não) funk. Uma mistura de ritmos, elevando ainda mais a sensualidade feminina, e tirando cada vez mais roupas do vestuário das mesmas. Agora, o que era mini, ou micro, passou a ser quase que impercebível, e o que antes era usado como um cinto, agora, pasmem, passou a ser usado como saia, e o que antes era no máximo um sutiã, agora é chamado de top, usado explicitamente, como se fosse uma peça normal de roupa, por sorte dos machos de plantão, assim como esse que vos fala.
Acabou-se o funk, que depois voltaria, mais isso não vem ao caso nesse exato momento. Pois começou a ser difundido pela sociedade, já nos anos dois mil, o chamado “emo-core”, e quando a gente pensa que a coisa vai evoluir, como eu já disse no principio, ao contrario do que diziam os cientistas, elas regridem, e as roupas voltam ao vestuário feminino, não roupinhas, e sim, roupas, não as que não cobrem pernas e barriga, e sim as que cobrem quase todo o corpo, uma espécie de burca ocidental e cristã. E, pra não dizer que não falei das flores, ou dos espinhos, muito embora no caso dos emos, flores combinaria mais, no armário masculino também mudou bastante coisa. Mas como eu ia dizendo, o “emo-core” é uma música sentimental, cheia de emoção (daí o nome EMO core) e sensibilidade. Sensibilidade essa levada muito a sério por alguns. As roupas agora passaram a ter um visual mais cadavérico, listras agora estão na moda, e aquelas roupas que se usava em mil novecentos e bolinhas, voltaram a tona. Foi uma onda de choro convulso, por onde se olhava, via-se gente espremida num canto, com os pés tortos, a cabeça baixa e a maquiagem borrada. Essa, caros amigos, é uma época da qual eu não sinto falta nenhuma.


Felizmente, a fase do “emo” acabou, em sua grande maioria, pois é claro que sempre ficam um ou outro remanescente de toda e qualquer moda já criada, porém, os emos deixaram de ser o ápice do mundo social, e deixo aqui, minha gratidão á quem acabou com isso.
Chegamos aos dias atuais, claro que depois de um regresso não tão distante, pois se fossemos falar de longevidade, eu ficaria dias aqui argumentado, e, imagino eu que isso não seja o mais adequado para os que degustam minha humilde redação.
Ah! Os tempos modernos, a atualidade, a tecnologia, e a evolução, não pensem que a música não evoluiu, pois ela evoluiu sim, com toda certeza, o que não evoluiu foram os músicos e o público alvo. Vamos á um exemplo: Certa vez, a música era tocada por um músico, é óbvio, não? Pois vou dizer, que nem tanto, por que hoje, ela é tocada, por quem aperta o play, e fica aumentando ou abaixando o volume. Nossa, isso sim é ter cultura. Uma série de batidas indecifráveis, dançada freneticamente pelos milhares de fãs que essa nova moda conquistou. Moda essa, denominada agora: Eletro, incluindo ai, uma série de outros sub-estilos, como: psy, house, progressivo e trance. Não me pergunte que diabos de diferença há entre eles, inclusive, eu acho que não exista diferença nenhuma, com exceção do nome. Contudo, o que se sabe, é pessoas surtam ouvindo tal tipo de música, estando elas sob efeito de seus alucinógenos, ou não.

O eletro continua por ai, sendo a principal moda do segundo milênio, porém, seus dias estão contados, pois como toda e qualquer moda, ela é passageira, e o visual, meio rip modernizado, que é como se vestem os “baladeiros” adeptos a essa nova onda, já pode ir procurando o armário mais próximo para se esconder e voltar, quem sabe daqui há uns vinte anos.
Analisando tudo o que foi dito anteriormente, volto ao assunto, do qual me aproveitei em duas situações diferentes nessa redação, os cientistas estavam redondamente enganados, pois de fato, mudam os tempos, mudam as músicas e mudam as roupas e a moda se vai, porém, de quem se esperava progresso, nós, os seres humanos, ai, meu amigo, acomode-se e espere sentado.

2 comentários:

Cristian Schnidger disse...

De todas as modas descritas, eu não participei de nenhuma. Graças. Não que eu seja um indie, ou algo do gênero, mas, dessas eu não participei.
Mas as modas em si, evoluíram?

ASObr Admin disse...

Muito bem...como disse o amigo ai de cima (ou aí de baixo,´pois não sei onde meu comentário será postado) eu também, graças a Deus n participei de nenhuma dessas revoluções, mas queria mesmo era ter dançado o Tchan...
ehuehiuehiue

parabens pelo Blog...tá mt massa.