quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Sidarta, a paz e a ovelha falante

Em busca de paz, Sidarta subiu as belas escadas das montanhas do sul. Oriente ou não, sabe-se que degrau por degrau, ele subiu, na intenção de chegar a um lugar, onde nada o atingisse , onde toda a dor, a raiva e o mal, estivessem extinguidos.
Subia ele, analisando tudo, flor por flor, nuvem por nuvem, atento a cada detalhe, estava Sidarta, jovem, porém astuto, ele respirava, seu corpo já não respondia tão bem, quanto no começo da jornada, as escadas iam se aproximando do fim. O suor tomava seu corpo, cansado, não estava, porém, já não era mais o mesmo. Sua mente, estava intacta, seu corpo não sabia disso.

Ao último degrau, avistou o paraíso, em sua mais bela forma, cachoeiras, árvores, plantas, animais,de fato, era o paraíso. Sem saber, se dava um último passo, para chegar ao mais belo lugar que seus olhos castanhos já haviam enxergado, e que nem em seu mais extraordinário pensamento havia imaginado, estagnou.
Parou, pensou, refletiu, e subiu. Entrou no paraíso, sua mente estava em completo estado de êxtase. Nunca mais seria o mesmo depois daquilo.

Lá em cima, depois de banhar-se na mais límpida água do mais belo rio que desembocava na mais linda cachoeira, ele foi ao encontro das plantas, belíssimas plantas, rosas, margaridas, algumas que ele nunca tinha visto, crisantemos e mais crisantemos, era o jardim do hédem. Sim, estava no paraíso.

Quando quase terminava sua estada naquela terra de sonhos, encontrou ovelhas, uma delas encontrava-se mais a frente, olhou bem aos seus olhos, e disse: - Sidarta, meu filho...é muito fácil ser uma pedra, o difícil, é ser a vidraça!
Depois disso, ele foi embora, e não mais falou com as ovelhas.

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