quarta-feira, 22 de junho de 2011

Contra provas sempre haverá argumentação

- Então é assim? Vais continuar me ameaçando com essa história, Maria Emília?
- Ah, pode apostar que vou, Jorge Henrique.
- Quantas vezes vou ter que te dizer que eu não dormi com ela?
- Quantas vezes for preciso pra me fazer acreditar.
- Tu já me disse que não acredita e nem vai.
- Então tu vai ter que falar pra sempre. Ou para de falar.
- Assim não dá!
- Ah não dou mesmo.
- Ah, sem sexo eu não fico!
- Tá vendo, vai procurar ela de novo.
- Maria Emília, eu não dormi com ela.
- Não dormiu ainda, mas do jeito que as coisas vão...
- Ah, então partimos do princípio que eu não dormi com ela mesmo?
- Partimos do princípio que a única coisa que vocês não fizeram foi dormir.
- Não dormimos e nem nada.
- Jorge Henrique, senta aí.
- O que é isso?
- É o teu vídeo com ela, eu mandei alguém gravar.
- V...v...vídeo? Isso tá errado.
- Ah tá errado mesmo.
- Não sou eu esse ai. Tá bem claro.
- E a tatuagem na nádega, Jorge Henrique? Quantas pessoas escrevem só mamãe pôs a mão, na bunda?
- É montagem. É claro que é. Minha masculinidade é maior que a desse cara.
- Ah não é mesmo! Até parece maior na TV.
- Mesmo?
- Mesmo.
- Mas é pequeno ali.
- É pequeno ali...mas não muda de assunto, é tu ali com a sem vergonha da Carolina.
- Ela me seduziu....me ameaçou, disse que se não saísse com ela o pai dela me demitiria da empresa. O que é isso, Maria Emília?
- Um gravador. “Clic”- E nessa fita, estão gravadas as tuas conversas com ela. Desde a parte que tu diz que ama ela, até o pedido de desculpa do dia seguinte por ter durado só 16 segundos.
- 18!
- 18 o que?
- Segundos. Durou 18 segundos.
- Pronto, admitiu.
- Tu me obrigou.
- Maria Emília! Eu não quero mais nada contigo, acabou.

E assim, o Jorge Henrique virou as coisas foi-se embora, mostrando como é o homem. Há provas, há argumentos, mas jamais haverá razão. Não enquanto houver tatuagens de rena!

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