...e foi quando ele acordou. Ainda zonzo da noite anterior, transpirava de forma exagerada. O vazio da cama e o leve relevo dos lençóis ao seu lado, lhe atestavam que era real. Ela se fora, e apenas o cheiro doce, suave como uva verde inundava suas narinas e apoderava-se de suas entranhas, como dela ele se apoderara na noite anterior. Um cheiro, uma voz, um relevo, uma lágrima, uma lembrança. A transpiração volumosa veio junto à febre da ausência sentida.
3 comentários:
Belo conto! Sintético, mas pleno de significados!
Pois é. As vezes do mais sintético, extraímos um maior significado.
Valeu!
imagino que ambos se deliciaram com o branco vinho de uvas verdes. Daí o cheiro, a transpiração, a tonteira, os lençóis, as entranhas. Será que tudo em exagero?
Na medida certa o texto!
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