quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A primeira vez do Jandir

Quinze filhos de umas putas anos. Quinze malditos anos, e nada de sexo na vida do Jandir. Com quinze anos ninguém é mais virgem em todo o mundo, exceto o Jandir. Enquanto seus amigos refestelavam-se com moçoilas das mais variadas etnias, das mais variadas idades, e dos mais variados sabores, Jandir seguia ali, olhando Cine Band Privet, e acariciando-se de forma afoita.

- O Jandir não come ninguém! - debochou um certo dia o Cleiton, que contava vantagem por já ter feito três “vítimas” - como ele gostava de chamar as meninas que levara para a cama. - Fica o dia inteiro no cinco contra um e não sai do lugar.

Sim, é claro que o Jandir era motivo de piada. Ele alegava que não comia ninguém, por que não queria comer qualquer uma como faziam seus amigos, mas a verdade é que tinha medo. Não que fosse feio, ou tivesse um pintinho de nada. A verdade é que apavorava-se sempre que pensava em como começar os trabalhos de “coito” com uma menina. Pensava em como faria para satisfazê-la e pensava como seria se ele frustrasse as expectativas.

Tudo ia mal na vida do Jandir, até ele entrar num chat intitulado: “Sexo para quem ainda não o fez”, e conhecer a Rita Domênica. Conversaram primeiro por horas, depois por dias, e depois por dois meses, até finalmente decidirem que iriam se conhecer pessoalmente.

Depois de tudo combinado, Jandir contou os dias até o tão esperado encontro. Vestiu sua melhor camiseta, botou seu jeans mais novo, seu tênis de molhinhas mais lustroso, e foi encontrar Domênica, no parque central.

Esperou por trinta minutos e ela apareceu. Não, não podia ser ela, não devia ser ela, não queria que fosse ela. Domênica era na verdade e Alice do colégio, a Alicinha que todo mundo já tinha comido, inclusive o Cleiton. Alicinha chegou perto, com seu ar vulgar e intimidou Jandir, quando falou:
- Tu sabia que era eu, seu bobinho?

- N...não, nem imaginava.

- Eu sabia o tempo todo que era tu. Sempre quis ter alguma coisa contigo, seu safadinho.

E assim foi, Jandir levou Alicinha para sua casa que estava vazia a tarde inteira. Beijou-a demoradamente o pescoço, e depois cada parte do seu corpo. Demorada e delicadamente. Até passar as duas mãos, uma por cada lado da cintura dela, nua, e apertar seu corpo contra o dela. Ali em cima da cama da mãe do Jandir, ela a possuiu. Encaixou com perfeição as duas mãos na cintura de Alicinha e repousou apenas as costas dela no colchão. As pernas da presa, quentes e cujos pequenos e loiros pelos eriçavam-se tal qual gato prestes a dar o bote, trançaram a cintura do Jandir, e ele a teve. A teve por longos minutos de forma insaciável e voraz. A teve como jamais algum outro homem um dia a teve. Sentiu seus quadris movendo-se de forma absoluta e determinada.
Jandir sabia que tinha o controle sobre Alice, e percebeu, que enquanto passava resoluto a mão direita pelo seio dela, houve uma contração feroz. Ele a fizera gozar de prazer, e da mesma forma a acompanhou em sua deixa, sentindo-se o maior e mais fogoso amante que a Alicinha já tivera.
Quando ela largou-se na cama, suada e com os seios arrebitados, proferiu:
- Caramba Jandir, que loucura. Não esperava tanto. Da última vez que criei expectativa sobre alguém, foi com o Cleiton e no final, ele e aquele pintinho pequeno e murcho nem sequer funcionaram comigo.
Jandir espreguiçou-se, levantou da cama, olhou-se no espelho com um sorriso doentio. Agora o motivo de piada não era mais ele, e sim o Cleiton com seu pequeno e murcho pinto inútil.

4 comentários:

Michele Pupo disse...

Que maldade com o Cleiton!
risos

Mulher é fogo, né? Até nos contos!

Gostei da história, mas achei que você se precipitou no final... fiquei esperando por algum conflito quando ele descobriu que já conhecia a moça e... não teve. :( haha

Beijos e bom restinho de quinta-feira.

Ricardo Bertolucci Reginato disse...

É! Os homens são sempre submetidos ao crivo feminino. :p
Dica anotada, prestarei mais atenção nas próximas.

Beijos

Marcio Nicolau disse...

Ricardo:

Literalmente inesquecível, a primeira vez do Cleiton. Comeu a Alicinha e ainda pode tirar sarro com o Cleiton, que vai ter que ficar murchinho na dele.

A leitura é fluída, embora grande o texto. Pra provar que tamanho não é documento...

Conheci teu blog através do da Michele. Gostei de cara.

Um abraço pra você.

Ricardo Bertolucci Reginato disse...

Grande Márcio!
Seja muito bem vindo.
Agradeço-te pelos elogios tecidos, e de fato tamanho não é documento, muito embora o Jandir possa descordar um pouco disso quando conversa com o Cleiton. :p
O blog da Michele é muito bacana e fico feliz em que tenha vindo até aqui através dele.
Um grande abraço.