Não sei bem ao que ou à quem me referi quando houve o mal entendido. Ela estava ali, com aquele par de coxas moldadas a mão e feitos no mais distante forno divino. Ah meu companheiro, aquilo sim eram coxas. Mas COXAS, não coxinhas, nem coxetes, coxas, daquelas que se enche a boca para falar, ou para fartar-se com uma bela abocanhada.
Eu não sei por que diabos, eu notei, o certo é que notei. Não podia deixar que me visse. Era filha do meu amigo, Roberto, onde eu estava com a cabeça?
Lucinha tinha agora algo como 19 anos, e eu ali, completamente boquiaberto, degustando com os olhos aquilo tudo que a Terra há de comer. E foi aí onde eu errei. Pensei nesse famoso dito popular e me pronunciei:
-Pois se a Terra não comer, deixa pra mim, que sou canhoto...
Pronto, foi meu erro. Eu estava fadado ao insucesso, ao infortúnio, ao olhar pesado do Roberto, e o pior, além do olhar, o punho pesado do Roberto estava por atingir meu frágil e rinítico nariz. Seria inevitável que eu caísse desmaiado se o brutamontes do Roberto, por ventura desferisse um coice em minha face.
Pronto, foi meu erro. Eu estava fadado ao insucesso, ao infortúnio, ao olhar pesado do Roberto, e o pior, além do olhar, o punho pesado do Roberto estava por atingir meu frágil e rinítico nariz. Seria inevitável que eu caísse desmaiado se o brutamontes do Roberto, por ventura desferisse um coice em minha face.
Eu tinha que desfazer a situação, ele ainda estava assimilando a frase, ainda não fizera o efeito total, não tivera sua devida interpretação. Era minha chance, agora ou nunca, ou emendava com alguma outra frase e desvirtuava totalmente o rumo da conversa, ou seria nocauteado em plena praça de alimentação do Praia de Bellas. A luz divina brilhou sobre minha mente e a brilhante frase me irradiou com sua presença:
-...por que esse Mcdonald’s é coisa de outro mundo. O Agenor, lembra do Agenor? Pois é, me contou que outro dia ele comeu um que veio com terra junto, fez um estardalhaço, processou os americanos e tudo. Mas mesmo assim, é coisa de outro mundo, coisa muito boa.
Roberto olhou-me meio desconfiado, mas dissimulou, e a conversa tomou outro rumo.
Poxa, há quanto tempo eu não via o Roberto, ele estava morando na Itália há tantos anos, que me lembro bem, Lucinha ainda tinha quatro ou cinco anos na última vez que à vi. Não ia perder o amigo (e parte do meu nariz) a toa.
Sentaram-se ali, bem a minha frente. E se tenho uma certeza na minha vida, é que a Lucinha estava me dando mole, aquele espetáculo de mulher, àquele espetáculo de coxa, estava me dando mole e eu quieto, indefeso, parado, como se tivesse brochado, como se ela esfregasse àquele par de coxa em mim, e eu negasse fogo. Alias, era tão real, sentia na minha imaginação, ela passando seu pé na minha masculinidade. SENTIA POR QUE DE FATO A DESGRAÇADA ME ACARICIAVA COM PÉ. Meu Deus, que ordinária, Lucinha queria alguma coisa comigo. Ou seria só um teste?
Ajeitei-me, não podia dar o mínimo sinal de excitação, o Roberto perceberia e seria meu fim.
Lucinha continuava, eu falava com Roberto sobre a bolsa de valores e meu libido quase nocauteava-me o queixo. Vez que outra eu soltava gritos de excitação que tinham que ser logo emendados para evitar um duplo sentido. - Pois é, Beto,mas a bolsa sobe, e..AI QUE DEL...icada essa situação, por que se analisarmos bem, é um período instável para investimentos.
Era sempre algo assim, soltei mais de quinze frases levando-me pelo instinto e tendo que negociar com meu português e minha criatividade, para que ambos me salvassem de uma catástrofe.
Conversamos por horas, o Roberto e eu, mas notei que ele olhava-me estranho, será que ele havia percebido? Algo tinha dado na vista do Betinho? Aquela safada da Lucinha, que agora acalmara-se, mas rabiscou em meu guardanapo seu número de telefone, estava sentada a minha frente, fazendo-me caras e bocas, as quais eu nem prestava mais atenção. Roberto em um determinado momento levantou-se e me disse:
Roberto olhou-me meio desconfiado, mas dissimulou, e a conversa tomou outro rumo.
Poxa, há quanto tempo eu não via o Roberto, ele estava morando na Itália há tantos anos, que me lembro bem, Lucinha ainda tinha quatro ou cinco anos na última vez que à vi. Não ia perder o amigo (e parte do meu nariz) a toa.
Sentaram-se ali, bem a minha frente. E se tenho uma certeza na minha vida, é que a Lucinha estava me dando mole, aquele espetáculo de mulher, àquele espetáculo de coxa, estava me dando mole e eu quieto, indefeso, parado, como se tivesse brochado, como se ela esfregasse àquele par de coxa em mim, e eu negasse fogo. Alias, era tão real, sentia na minha imaginação, ela passando seu pé na minha masculinidade. SENTIA POR QUE DE FATO A DESGRAÇADA ME ACARICIAVA COM PÉ. Meu Deus, que ordinária, Lucinha queria alguma coisa comigo. Ou seria só um teste?
Ajeitei-me, não podia dar o mínimo sinal de excitação, o Roberto perceberia e seria meu fim.
Lucinha continuava, eu falava com Roberto sobre a bolsa de valores e meu libido quase nocauteava-me o queixo. Vez que outra eu soltava gritos de excitação que tinham que ser logo emendados para evitar um duplo sentido. - Pois é, Beto,mas a bolsa sobe, e..AI QUE DEL...icada essa situação, por que se analisarmos bem, é um período instável para investimentos.
Era sempre algo assim, soltei mais de quinze frases levando-me pelo instinto e tendo que negociar com meu português e minha criatividade, para que ambos me salvassem de uma catástrofe.
Conversamos por horas, o Roberto e eu, mas notei que ele olhava-me estranho, será que ele havia percebido? Algo tinha dado na vista do Betinho? Aquela safada da Lucinha, que agora acalmara-se, mas rabiscou em meu guardanapo seu número de telefone, estava sentada a minha frente, fazendo-me caras e bocas, as quais eu nem prestava mais atenção. Roberto em um determinado momento levantou-se e me disse:
- Isso aqui ta estranho, Tchê. Alguma coisa ta me cheirando mal.
Meu Deus, o Roberto descobriu tudo, ia me pegar, a safada tinha me arruinado, perdi um amigo, quem sabe um futuro sócio, um homem influente, e acima de tudo, meu nariz. O Roberto então, exaltado, levantou-se , deu um soco na mesa e proferiu a frase: - Essa merda de Mcdonalds veio com terra de novo. Bem que tu me avisou, bem que tu me avisou.
Meu Deus, o Roberto descobriu tudo, ia me pegar, a safada tinha me arruinado, perdi um amigo, quem sabe um futuro sócio, um homem influente, e acima de tudo, meu nariz. O Roberto então, exaltado, levantou-se , deu um soco na mesa e proferiu a frase: - Essa merda de Mcdonalds veio com terra de novo. Bem que tu me avisou, bem que tu me avisou.
11 comentários:
Cara, tu é meu ídolo!!!
Essa história tah fenomenal brother!!!
Mais uma de Kadinho "o mago da letras"
Concordo plenamente. Tá muito bom. Como te falei no msn, bem escrito, uma ótima construção... do caralho, do caralho! é a pratica levando a perfeição. Parabéns sincero broder!
Be
cara tu cheguei imaginar a lucinha usahus
ta muito massa.. parabens
Merece muitos comentários! Muito bom o texto, meus sinceros parabéns. E como "pagamento" continuarei lendo teus textos, cada vez melhores. Valeu!
Valeu pela força, galera!
Muito obrigado mesmo. Eu os tenho como juízes do meu trabalho. Tenho certeza, por serem meus amigos, que todos vocês tem falado com sinceridade aqui.Portanto, agradeço-os do fundo do coração.
Bem legal. Eu gostei. Tu que fez? ha-ha
"Escrevista" nato que tu é guri!
caaraca!
quem sabe, sabe né?!:P
um texto melhor que o outro... simplesmente demais!
parabéns Ricardo!
(:
Pra nao dizer que não comento: Teu texto, como todos os outros, tá excelente, e a tua criatividade cada vez melhor. Eu torço muito pelo teu sucesso, meu amor.
Mas me diz, quem é Lucinha? Hein? Hm. hehe
Te amo, muito.
Sempre soube que tu tinha futuro!! hehehe
serio mesmo...esta muuuuito bom..parabens!!!!!
continuaaa einhh...quero ler mto mais!!!
ó um comentário: Sou teu fã... curto muito teus contos velho... sucesso...
POHA finalmente consegui comenta aqui!!
MUUITO BOM RICARDO
Continua assim velho, daqui a poko tá na ZH escrevendo contos lá!!!
Parabéns véi!
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