E surgiu o tal do Marco Feliciano, vá lá que até então eu nunca tinha ouvido falar no tal sujeito, e talvez não me fizesse falta até agora tê-lo ou não conhecido. Vá lá também, que justo quando fala-se no referido senhor, minha leitura de cabeceira é um livro chamado “O Anticristo”, de um tal filósofo alemão cujo nome é Friederich Nietzsche, e nesse livro, ele agride de forma veemente não a Cristo, mas ao cristianismo enquanto exercício fanático, e sua cegueira acerca de coisas tão simples.
Certamente
que não sou eu quem vai usar das palavras para mudar convicções,
visto que convicções não são assim tão simples de se mudar, e
muito menos quero aqui causar polêmica; o que quero é mostrar o
quão ignorante é preocupar-se com a vida das pessoas. O que quero é
mostrar que não há razão lógica para que tenhamos sequer vontade
de metermo-nos naquilo que não nos diz respeito. Há maneiras e
maneiras de se viver uma religião e seus conceitos, mas não é
preciso que essas maneiras desrespeitem a maneira que outras pessoas
escolheram para viver suas próprias vidas.
De acordo
com o tal evangelho Deus fez o homem à sua imagem e semelhança,
isso quer dizer que o homem é o que Deus representa, e sendo assim,
cabe a ele mesmo, homem, definir se quer ou não ser gay, se quer ou
não adotar uma criança, e digo mais: uma criança adotada por um
casal de homossexuais só sofre por que existem pessoas que exercem
de forma tão sacripantas, o seu preconceito. Não existisse o
preconceito, não haveria sofrimento para gays, negros, judeus, a
mim, a ti; não houvesse preconceito, seríamos mais felizes, nós os
mundanos.
Aí
aqueles fanáticos que certamente dirão que o Feliciano esse está
certo, eu pergunto: quem foi que disse que ele está certo, Deus? E
tu lá tens conversado com Deus? Tu leu um livro escrito pelo HOMEM,
e como tal, criado, imaginado, maculado e modificado, e quer me
convencer que quem o escreveu foi a divindade. A faça-me o favor.
Esse livro que tu leste, foi criado para que a humanidade agisse como
o próprio homem queria, evitando assim que fugisse do controle de
alguns a evolução humana.
Evolução
humana, agora cheguei num capítulo muito especial dessa humilde
crônica: a evolução humana foi, é, e sempre será estagnada
enquanto houver aqueles que deixam-se levar pela cegueira religiosa.
A evolução do homem na Terra poderia estar milhões de estágios
acima, não fosse o próprio homem querer impedi-lo criando um livro
de “orientações” que o obriga a travar seu próprio
conhecimento, focando-o apenas em um ser mágico.
Não
parece estranho, que a maioria das ramificações cristãs
reforcem-se todos os dias da fé dos que adoecem, dos que empobrecem,
dos que passam fome, dos que estão em situação de fraqueza, e
siga, ela mesmo, colocando em situação igualíssima aqueles que
ela diz serem “pecadores”, nesse caso me refiro aos homossexuais?
É meu
amigo, eu vou morrer sem ver tudo, mas o que me conforta é que tão
logo eu morra, estarei indo para o céu, para aquele lugar iluminado,
e cheio de belezas, onde só os bons moços estão, ou aqueles que
roubaram, mataram, traíram, mas se confessaram a tempo de pegar seu
“vale-paraíso”, concedido pelo Feliciano e seus amigos.