Antítese! Vá lá, procure no dicionário ou puxe lá no fundo de sua memória
juvenil, desde lá dos tempos do colégio, o que significa. Farei melhor e
direi que basicamente antítese é o contrário, o oposto de alguma coisa é
a antítese. Agora que já sabe e que todos sabemos o que é, vou contar uma
história de antítese. Uma antítese do amor.
Tudo começou às avessas, quando não se esperava que começasse e chego a
admitir que quando nem se queria que algo começasse. Tão bem estavam os
dois, sós, sem ninguém para cobra-los, para vigiá-los, ou para
controlá-los. Mas valho-me aqui de uma frase que sem dúvidas há você de
conhecer: o destino é inexorável.
Por que a antítese? Por que além de começar quando não se queria que
começasse, eles não eram do tipo carinhoso, ah não eram mesmo.
Estapeavam-se, de brincadeira, claro. Declaravam-se ambos aversos um ao
outro. Faziam o que os casais não fazem. Eram o contrário do amor.
Entendeu agora o por que da antítese?
Bem, era de se esperar que esse convívio lhes despertasse a raiva e lhes
saturasse a paciência em poucos dias ou meses, mas do que falamos nesse
texto mesmo? Antítese! Antítese do amor, e antítese do lógico. Há exatos
onze meses, os dois se amaram.
Calendário, procurando no calendário, ver-se-á que há exatos onze meses
estávamos em uma sexta-feira Santa, dia 02 de abril, um dia, portanto,
especial, presume-se. Sim, um dia especial, o dia em que ele, posso
afirmar, conheceu pela primeira vez o amor. E o dia em que ela, sentiu-se
verdadeiramente amada, também pela primeira vez.
Desde então, aquele sentimento dispendioso do início, tornou-se o mais
puro, verdadeiro e irrestrito amor. Aqui esqueço a antítese, esqueço a
terceira pessoa e afirmo que no decorrer desse amor, eu encontrei-me e
encontrei o significado de uma palavra que sempre me foi familiar, ainda
que me parecesse incompleta: felicidade.