Vermelho do sol
Se ele fosse um turista qualquer ela nem o teria reparado. Mas era o turista mais branco e com os pés mais vermelhos do sol que ela já havia visto.
Se ela não fosse tão morena, ele nem a teria reparado. Se não tivesse aquelas coxas também, se a bunda fosse um pouco menor e com mais celulites, se os seios fossem menos rijos e redondos, se o rosto não fosse desenhado e os olhos azuis não contrastassem com o bronze ele nem a teria notado. Se aquele cabelo loiro dourado não fosse tão ondulado e se o vento não os deixassem esvoaçantes e ainda mais brilhosos ele nem saberia que existia e não teria ido falar com ela. Porém, era assim e foi.
-Tem uma coisa que eu preciso te dizer – falou.
- É mesmo?
Ai Deus, se a voz também não fosse tão rouca e sexy não teria ficado tão excitado e nervoso.
-É, eu queria dizer que tu é uma baita de uma gostosa, que combinaria muito bem na minha cama.
Ela sorriu, jogou a cabeça para trás para que o cabelo ajeita-se à fronte e respondeu:
- Eu também tenho algo a lhe dizer. Algo que desde o primeiro momento que o vi me tomou por completo. Algo tão diferente, mas tão diferente que me arrebatou de tal forma que eu não conseguirei passar mais um minuto sem dizer. Preciso desabafar.
- Pois diga, querida, diga tudo o que aperta são coração.
- Vou dizer, preciso dizer, é mais forte do que eu.
- Diga, vai.
- Nos pés também se passa protetor solar, seu tonto.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Jah RastafarI
Retorno das férias com um ar encantando, um “quê” desmiolado, e um tanto quanto desnorteado com a Babilônia interiorana que tomo de volta. É claro que não queria voltar. A praia me parece tão mais simpática que a Serra. Me parece tão mais envolvente ou como diriam as novas línguas; mais tendência. Não queria voltar, mas voltei.
Enquanto eu andava na areia fofa, acompanhado do mar, que seguia-me retilíneo durante todo e qualquer percurso explanei sobre algumas ideias, as mais fundamentais delas se davam em realizar algo com o que sempre sonhei e outrora cheguei a explicitar aqui. Tomei uma decisão, aliás, tomei duas decisões na praia. A primeira delas se deu em realizar esse meu antigo sonho.
Peguei meus fones, ao som de um reggae e subi um morro, tal qual escrevi no texto “Água na Boca” (disponível nesse mesmo blog há cerca de um ano). Derivei um pouco de minha escolha escrita tantos meses atrás, e subi um morro o qual o mar também ladeava. Ou seja, eu tinha um morro, as rochas, um reggae, o sol e o mar.
O cansaço da subida pouco me atingiu quando alcancei o topo e sentei-me sobre uma rocha enorme, e ali fiquei, mais de uma hora, e quando atentei-me ao som de um reggae que me dizia:
Quero estar a todo instante
Em teu calor contagiante
Pé na areia, água-viva
Esse mar é energia
Coração fica gigante
Paisagem estonteante
Cheiro de flor, alegria
Mil sorrisos, pura vida
Pensamentos tão distantes
Lindos olhos de brilhante
Colorida luz do dia
Seja como for, seja aonde for
É tanta paz que dá vontade de cantar
É tanto amor que dá vontade de voar
É isso tudo que devemos preservar
Por favor faça agora, não é tempo de esperar...
Anda na pedra, corre pro oceano
Pérola do Sol, te amo
Anda na pedra, corre pro oceano
Pérola do Sol, te amo
Anda na pedra, corre pro oceano
Pérola do Sol, te amo
Anda na pedra, corre pro oceano
Pérola do Sol, te amo
entendi que a vida tem um significado tão grande em um contexto que inclui a felicidade em coisas tão pequenas.
Não que eu tenha aderido ao budismo ou ao rastafari, porém, voltei das belas praias catarinenses com um sentimento novo, me parece que a liberdade. Talvez eu tenha entendido o real significado da palavra felicidade. Voltei outro, isso é o importante.
Enquanto lá estava pedi aos céus, a Jah, a Deus, a Budha, a Alá, enfim pedi a quem pudesse me atender que me trouxesse a felicidade nesse novo ano. Sinais desse fevereiro me levam a crer que fui atendido e espero que continue sendo durante muito tempo.
Voltei a Gramado e fiz questão de desenredar a segunda ideia que desenvolvi na praia, enquanto comia um belo peixe na beira do mar de Laguna, decidi-me: “farei uma tatuagem que me atrairá mais coisas boas”. A fiz e espero e aguardo mais e mais vibrações positivas, pois como todos sabemos: positividade atrai positividade, que atrai positividade, que atrai...
Enquanto eu andava na areia fofa, acompanhado do mar, que seguia-me retilíneo durante todo e qualquer percurso explanei sobre algumas ideias, as mais fundamentais delas se davam em realizar algo com o que sempre sonhei e outrora cheguei a explicitar aqui. Tomei uma decisão, aliás, tomei duas decisões na praia. A primeira delas se deu em realizar esse meu antigo sonho.
Peguei meus fones, ao som de um reggae e subi um morro, tal qual escrevi no texto “Água na Boca” (disponível nesse mesmo blog há cerca de um ano). Derivei um pouco de minha escolha escrita tantos meses atrás, e subi um morro o qual o mar também ladeava. Ou seja, eu tinha um morro, as rochas, um reggae, o sol e o mar.
O cansaço da subida pouco me atingiu quando alcancei o topo e sentei-me sobre uma rocha enorme, e ali fiquei, mais de uma hora, e quando atentei-me ao som de um reggae que me dizia:
Quero estar a todo instante
Em teu calor contagiante
Pé na areia, água-viva
Esse mar é energia
Coração fica gigante
Paisagem estonteante
Cheiro de flor, alegria
Mil sorrisos, pura vida
Pensamentos tão distantes
Lindos olhos de brilhante
Colorida luz do dia
Seja como for, seja aonde for
É tanta paz que dá vontade de cantar
É tanto amor que dá vontade de voar
É isso tudo que devemos preservar
Por favor faça agora, não é tempo de esperar...
Anda na pedra, corre pro oceano
Pérola do Sol, te amo
Anda na pedra, corre pro oceano
Pérola do Sol, te amo
Anda na pedra, corre pro oceano
Pérola do Sol, te amo
Anda na pedra, corre pro oceano
Pérola do Sol, te amo
entendi que a vida tem um significado tão grande em um contexto que inclui a felicidade em coisas tão pequenas.
Não que eu tenha aderido ao budismo ou ao rastafari, porém, voltei das belas praias catarinenses com um sentimento novo, me parece que a liberdade. Talvez eu tenha entendido o real significado da palavra felicidade. Voltei outro, isso é o importante.
Enquanto lá estava pedi aos céus, a Jah, a Deus, a Budha, a Alá, enfim pedi a quem pudesse me atender que me trouxesse a felicidade nesse novo ano. Sinais desse fevereiro me levam a crer que fui atendido e espero que continue sendo durante muito tempo.
Voltei a Gramado e fiz questão de desenredar a segunda ideia que desenvolvi na praia, enquanto comia um belo peixe na beira do mar de Laguna, decidi-me: “farei uma tatuagem que me atrairá mais coisas boas”. A fiz e espero e aguardo mais e mais vibrações positivas, pois como todos sabemos: positividade atrai positividade, que atrai positividade, que atrai...
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