Primeiro Capítulo
Tudo no Sereia
Alguma coisa acontece quando se chega a Arroio Teixeira. Seja o sol, a areia, o mar, as pessoas, o infinito, ou até o vendedor de milho que perambula pela abarrotada e estreita faixa de areia texana, durante o verão. Fato é que o lugar é mágico, místico, iluminado, cabalístico. O que ao certo se sabe, é que não há como ir à Arroio Teixeira sem viver uma história pulsante, isso, pulsante é a palavra certa.
Assim, lembro-me vagamente de situações que vivi em determinadas praias, porém, nenhuma brilha tão claramente em minha absorta mente juvenil, quanto as lembranças dos verões texanos. E foi lá, posso assegurar, que foi lá, que tudo aconteceu, foi lá, que o crime dos crimes, o terror dos terrores aconteceu. O Roubo do sofá da tia Rosmarie.
Era pouco mais das 21h, aliás, era muito mais das 21h, penso eu que já deveria ser algo entre 23h, e eu estava no badalado(até então) bar Sereia, à beira mar Teixeirense. Tranqüilo que estava, bebericando, - que adoro usar a palavra bebericar –discursando, diria quem sabe filosofando sobre qualquer coisa que o ambiente praiano pudesse proporcionar, se a memória não me falha, sobre os seios da Monalisa. Ah sim! Os seios da Monalisa, eram um espetáculo...
Suspeito 1: Monalisa Centero; 21 anos, solteira, balconista do Sereia Bar. Ambiciosa, sexy, e acima de tudo, louca, absolutamente louca por bis branco.
...se faziam presentes, serelepes, firmes e extremamente decotados toda e qualquer vez que pedíamos mais uma rodada de cerveja. Definitivamente, AT (me dei ao direito de abreviar), têm um algo mais em seus ares.
A visão dos seios de Monalisa me desviaram do assunto principal, o crime, o horrendo crime,começou a se desenvolver quando dona Denise, atravessou o espaço o bolicho aos gritos de, “safada, safada, aquela Rosemarie. Ela me paga, ninguém mexe comigo”.
Suspeito 2:Dona Denise: Sócia-proprietária do Sereia Bar, 56 anos, viúva, passado obscuro, e acima de tudo irrevelável. Rixas antigas já foram registradas entre a vítima e a referida pessoa. Em sua ficha criminal, Denise tem apenas um registro, no Revellion de 85 quando fora detida dirigindo um trator (sabe-se lá de quem), despida e alccolizada.
Nossa atenção foi detida à ela por alguns minutos, Denise parecia enlouquecida, algo de muito ruim tinha acontecido, não fazíamos a menor idéia do que, porém, tínhamos certeza de que a história não pararia por ali, Dona Denise é vingativa, e isso explica muita coisa.
A noite ia chegando ao seu fim, até por que já estávamos pra lá de alcoolizados, e sem nenhuma condição para debater, encenar, filosofar, quanto menos desvendar crimes que ainda estavam por ocorrer. Refiro-me a estávamos, pois além de mim, encontravam-se no local, Ari, meu velho e bom amigo, com faro e tino investigativo; Hermenes, que apesar do nome é um galanteador de primeira; e Teixeira, um senhor de idade, conhecedor de todas as ruas do vilarejo, dizendo-se inclusive ser descendente do Velho Teixeira, fundador da praia.
Encaminhávamo-nos para nossas respectivas casas, que não eram longe, nem de onde estávamos, nem umas das outras, inclusive por que as casas em AT não tem como serem distantes. Quando ouvimos o latido do Hitler, o cachorro da tia Rosemarie. Em seguida, vem ela, saltitando e esbravejando em seus esganiçados gritos: “Meu sofá, meu sofá, meu precioso sofá”
Continua nos próximos episódios.
Tudo no Sereia
Alguma coisa acontece quando se chega a Arroio Teixeira. Seja o sol, a areia, o mar, as pessoas, o infinito, ou até o vendedor de milho que perambula pela abarrotada e estreita faixa de areia texana, durante o verão. Fato é que o lugar é mágico, místico, iluminado, cabalístico. O que ao certo se sabe, é que não há como ir à Arroio Teixeira sem viver uma história pulsante, isso, pulsante é a palavra certa.
Assim, lembro-me vagamente de situações que vivi em determinadas praias, porém, nenhuma brilha tão claramente em minha absorta mente juvenil, quanto as lembranças dos verões texanos. E foi lá, posso assegurar, que foi lá, que tudo aconteceu, foi lá, que o crime dos crimes, o terror dos terrores aconteceu. O Roubo do sofá da tia Rosmarie.
Era pouco mais das 21h, aliás, era muito mais das 21h, penso eu que já deveria ser algo entre 23h, e eu estava no badalado(até então) bar Sereia, à beira mar Teixeirense. Tranqüilo que estava, bebericando, - que adoro usar a palavra bebericar –discursando, diria quem sabe filosofando sobre qualquer coisa que o ambiente praiano pudesse proporcionar, se a memória não me falha, sobre os seios da Monalisa. Ah sim! Os seios da Monalisa, eram um espetáculo...
Suspeito 1: Monalisa Centero; 21 anos, solteira, balconista do Sereia Bar. Ambiciosa, sexy, e acima de tudo, louca, absolutamente louca por bis branco.
...se faziam presentes, serelepes, firmes e extremamente decotados toda e qualquer vez que pedíamos mais uma rodada de cerveja. Definitivamente, AT (me dei ao direito de abreviar), têm um algo mais em seus ares.
A visão dos seios de Monalisa me desviaram do assunto principal, o crime, o horrendo crime,começou a se desenvolver quando dona Denise, atravessou o espaço o bolicho aos gritos de, “safada, safada, aquela Rosemarie. Ela me paga, ninguém mexe comigo”.
Suspeito 2:Dona Denise: Sócia-proprietária do Sereia Bar, 56 anos, viúva, passado obscuro, e acima de tudo irrevelável. Rixas antigas já foram registradas entre a vítima e a referida pessoa. Em sua ficha criminal, Denise tem apenas um registro, no Revellion de 85 quando fora detida dirigindo um trator (sabe-se lá de quem), despida e alccolizada.
Nossa atenção foi detida à ela por alguns minutos, Denise parecia enlouquecida, algo de muito ruim tinha acontecido, não fazíamos a menor idéia do que, porém, tínhamos certeza de que a história não pararia por ali, Dona Denise é vingativa, e isso explica muita coisa.
A noite ia chegando ao seu fim, até por que já estávamos pra lá de alcoolizados, e sem nenhuma condição para debater, encenar, filosofar, quanto menos desvendar crimes que ainda estavam por ocorrer. Refiro-me a estávamos, pois além de mim, encontravam-se no local, Ari, meu velho e bom amigo, com faro e tino investigativo; Hermenes, que apesar do nome é um galanteador de primeira; e Teixeira, um senhor de idade, conhecedor de todas as ruas do vilarejo, dizendo-se inclusive ser descendente do Velho Teixeira, fundador da praia.
Encaminhávamo-nos para nossas respectivas casas, que não eram longe, nem de onde estávamos, nem umas das outras, inclusive por que as casas em AT não tem como serem distantes. Quando ouvimos o latido do Hitler, o cachorro da tia Rosemarie. Em seguida, vem ela, saltitando e esbravejando em seus esganiçados gritos: “Meu sofá, meu sofá, meu precioso sofá”
Continua nos próximos episódios.