terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Irracionalidade

A vida, velha a traiçoeira, como uma cobra pronta pra dar o bote. E não é que em muitas vezes, ela te acerta. Te pega em cheio, na jugular, e quando tu menos espera o veneno se espalhou por dentro de ti. É o cúmulo, é como esperar algo de alguém, e receber justamente o contrário.
Ah meu amigo, não espere de alguém, mais do que esse alguém pode te dar, não crie falsas expectativas, o ser humano é o bicho mais imundo que existe. Intrigas, mentiras, fofocas, quem criou isso tudo fomos nós, os seres “racionais”. Ha-ha-ha, conte-me outra, pois de racionais temos muito pouco.
Ai, como é fácil iludir-se, como é fácil ser levado a crer que luz é ouro. Como é fácil enganar sentimentos, ou ainda, te-los enganados por alguém. Aaah, seria pedir demais, que alguem especial aparecesse, assim, como num passe de mágica, e tomasse um lugar cativo na platéia dos que assistem ao show de palhaçadas protagonizadas por esse pobre palhaço de plantão que vos fala.
Estúpido, idiota, iludido. Talvez sejam palavras fortes. Mas nenhuma é um ofensa tão grande ao meu ver do que a palavra que faço questão de grifar: MENTIRA.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Sidarta, a paz e a ovelha falante

Em busca de paz, Sidarta subiu as belas escadas das montanhas do sul. Oriente ou não, sabe-se que degrau por degrau, ele subiu, na intenção de chegar a um lugar, onde nada o atingisse , onde toda a dor, a raiva e o mal, estivessem extinguidos.
Subia ele, analisando tudo, flor por flor, nuvem por nuvem, atento a cada detalhe, estava Sidarta, jovem, porém astuto, ele respirava, seu corpo já não respondia tão bem, quanto no começo da jornada, as escadas iam se aproximando do fim. O suor tomava seu corpo, cansado, não estava, porém, já não era mais o mesmo. Sua mente, estava intacta, seu corpo não sabia disso.

Ao último degrau, avistou o paraíso, em sua mais bela forma, cachoeiras, árvores, plantas, animais,de fato, era o paraíso. Sem saber, se dava um último passo, para chegar ao mais belo lugar que seus olhos castanhos já haviam enxergado, e que nem em seu mais extraordinário pensamento havia imaginado, estagnou.
Parou, pensou, refletiu, e subiu. Entrou no paraíso, sua mente estava em completo estado de êxtase. Nunca mais seria o mesmo depois daquilo.

Lá em cima, depois de banhar-se na mais límpida água do mais belo rio que desembocava na mais linda cachoeira, ele foi ao encontro das plantas, belíssimas plantas, rosas, margaridas, algumas que ele nunca tinha visto, crisantemos e mais crisantemos, era o jardim do hédem. Sim, estava no paraíso.

Quando quase terminava sua estada naquela terra de sonhos, encontrou ovelhas, uma delas encontrava-se mais a frente, olhou bem aos seus olhos, e disse: - Sidarta, meu filho...é muito fácil ser uma pedra, o difícil, é ser a vidraça!
Depois disso, ele foi embora, e não mais falou com as ovelhas.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Azul, Preto e Branco

Sem devaneios, e de maneira nenhuma, tomarei outro caminho, que não seja, orgulhar-me, por ter nascido gremista. Orgulhar-me, por ter um time, o qual não esbanja dinheiro, não é uma constelação, nem muito menos joga por futebol de classe. É bonito, ter um time, que joga como o gaúcho deve jogar, no “canelaço”, na marcação, na raça. Sem dinheiro, mas com o coração na ponta da chuteira.

Esse, caros amigos, é o glorioso imortal tricolor, é aquele que surpreende expectativas, que cala multidões, que chora, vibra, bate quando tem que bater, e ao contrario do que muitos dizem, joga ao estilo vencedor.

Claro, até pode ser, que o dinheiro valha muito mais que a força de vontade, pois, todos sabemos, que dinheiro compra quase tudo, inclusive juízes, e ingressos pro show da Madonna, mas ali, dentro de campo, superamos muitas adversidades, fomos além de qualquer prognóstico, e sagramo-nos campeões, nem que seja da superação, mas campeão. Não campeão moral, pois está longe de nós almejar um título que há 3 anos pertence a um outro clube gaúcho, mas campeão da torcida, pois, pra nós, os gremistas de verdade, o Grêmio é campeão, por tudo o que fez nesse campeonato.

Vistam suas camisas tricolores, ou melhor, pilchem-se, ao melhor estilo GRÊMIO GAÚCHO de ser. Sintam orgulho nas suas almas, não deixem, que os invejosos alheios, estraguem a nossa conquista. Pois sim, essa foi uma conquista, não é qualquer time que conquista uma vaga na libertadores da América, e faz frente ao tão poderoso São Paulo. Ainda mais, sendo uma equipe desacreditada e sem dinheiro. Por isso, digo e repito, sintam orgulho, do que fez o capitão Tcheco, das lágrimas do Jean, do Réver e do Victor. E tenham uma certeza, eles fizeram o melhor.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Água na Boca

Vontade, isso não me falta. Vontade de botar uma mochila nas costas, encher com tudo o que de mais importante eu tenho e me lançar em busca de novos horizontes. Pegar um trem, um ônibus, uma bicicleta, que seja, mas ir além. Não ficar aqui, estagnado, vendo a vida passar diante dos meus olhos, sem nem ao menos tirar uma lasquinha dela.

Quero viver, conhecer gente, lugares, quero fazer parte do passado, sem nunca, absolutamente nunca, esquecer o meu presente. Quero, ter história pra contar, poder dizer á quem quer que seja: “eu vivi”.

Subir no alto da mais bela montanha, cantando um reggae, conversando com todas as plantas e seres que aparecerem a minha frente. Chegar la em cima, encontrar a mais absoluta paz interior. Chegar bem pertinho de Deus, e poder dizer pra ele: “Cara, valeu!”. E la em cima, olhar pra baixo, e ver, o quão é lindo o mundo em que tu vive. E que, se os problemas existem, eles que fiquem na deles, e me deixem viver, por que, aqui onde estou, sou feliz.

Quero sair, me apaixonar, levar aquela pessoa mais que especial até a beira do mar, entrar na água gelada, e gritar pra ela, la de dentro: “Eu te amo!”. Ficar ali, sentado na areia, vendo o tempo passar, só os dois, contando o número de ondas que rolam no mar. Contar uma história pra ela, a fazer rir, se emocionar, e por fim, beija-la, beija-la muito.

Vou, mergulhar profundamente, em um sonho, porém, um sonho real, no qual, verei cachoeiras, estarei com todos os meus amigos, faremos um churrasco, e estaremos em paz. Em paz com nós mesmos, em paz com os outros, em paz com a vida.

Percorrerei quilômetros, milhares de quilômetros, de um lado a outro desse mundão enorme, no qual vivemos. Vou parar de não ser quem eu sou. Vou dar a cara a tapa. E dizer não mais aos outros, que vivi...Direi isso a mim mesmo, quem sabe assim, eu acredite.