quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Estação da luxúria

O verão sempre existiu e ninguém sabe quem o inventou. Dizem que Deus em sua sábia analogia pensou: “haverá no meu mundo, quatro estações. Uma com frio, uma nem tanto. Outra com calor, outra nem tanto”. Digo que ele pensou, mas não tenho bem certeza, e por favor, os mais fervorosos que não em condenem, mas se pensarmos bem, bem mesmo, é capaz de que ele nem tenha pensado. Se pusermos as coisas a grosso modo, veremos que não há muita lógica nesse consenso, e por mais que a ciência, que dessa vez aliou-se à eclésia, diga que sim, eu nego.

Começamos o ano com o verão. Até ai tudo bem, nada mais animador que começar um ano com temperaturas acima dos 30 graus célcios, podendo dessa forma degustar de belas ondas litorâneas e tomar belos goles de acolarinhados chopps. Eis a sensação de um verão, o álcool, a praia e acima de tudo a luxuria. A estação mais libidinosa de todas e a melhor, sem dúvidas. Porém, é covardia que também terminemos o ano com verão. E é ai que me pergunto: o que fizeram para merecer as outra estações que ficam no meio do ano?

Aí começo a questionar o Divino, pois tomo as dores do outono e do inverno que ficaram ali, perdidos no meio do ano, quando estamos todos euforicamente labutando. Não recrimino aqueles que preferem o verão a qualquer coisa, aliás eu sou um deles. Adoro o verão e principalmente por que é uma estação na qual se tira férias. Se vai à praia e se vive uma vida que não e tua. Essa é a ideia.

Há quem diga que foram eles próprios, inverno e outono, que resolveram congelar-nos, depois de uma longa conversa que tiveram. Resolveram e se fosse eles, eu teria feito o mesmo, que já que eles ficam no meio do ano, querem mais é que sejam odiados. “Melhor que sejamos odiados que nem ao menos lembrados”, disse o inverno, ao que o outono, que é seu sobrinho mais velho acordou.

Não falo da primavera, pois ela é apenas uma prévia do verão, e fica dentre as estações que não são lembradas, é quase o que o outono representa para o inverno, com a diferença que diz respeito ao verão. A primavera é uma estação gay, com flores e eufemismos, porém, agradável, mesmo para os não gays (meu caso).
O inverno e o outono, se de fato queriam que todos o odiassem, pelo menos o meu repúdio conseguiram. Embora eu os defenda, não gosto deles. Não gosto da sensação que eles trazem, como se o mundo estivesse com seu fim logo ali na frente, na próxima esquina. É bem verdade que terremotos, tsunamis, enchentes acontecem mais ainda no verão, mas o fundamental, o imprescindível e o indispensável do verão são as férias.

E depois de todo esse texto, comunico-lhes que estou saindo de férias sexta-feira, e portanto, ficarei um tempinho distante desse meu bloguezinho que não tem muito talento, porém, o qual tenho uma simpatia muito grande.

Boa praia pra mim!

3 comentários:

Marco Henrique Strauss disse...

Muito bom meu velho! Boas férias pra ti então! hausahsuash

Abração e até a volta! x)

Vinícius Schneider disse...

Boas!
Férias!

Cristian Schnidger disse...

E eu, como nunca tiro férias, prefiro o inverno. Porque pelo menos fico longe do verão e sinto como se o mundo fosse acabar ali na esquina e, portanto, não serei o único a deixar de aproveitar as maravilhas litorâneas. Boas férias (embora eu ache que elas estejam no fim!)